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Opinião Contemporânea: "O Prof" de Vi Keeland

abril 02, 2018 Inês Santos 0 Comments


GO GIRL!

O Prof não foi um daqueles romances que anunciamos aqui que iria sair do forno e que pensasse que tinha que o ler ontem. As capas com homens com mais pele à mostra chamam o olhar mas não a curiosidade. Felizmente as opiniões tão positivas fizeram isso e depois de conseguir que mos emprestassem (ainda com algum receio) decidi pegar-lhes. Devo dizer que adorei! Viciei-me completamente e quando terminei este tive que ir a correr pegar no outro.
Mas falando então dos constituintes:
Caine West, um personagem masculino sensível e sexy, foi uma surpresa que apesar de o imaginar mais bad boy (sem ser na parte sexual), acabou por ser exactamente o oposto. A escritora camuflou esta sensibilidade com cavalheirismo o que acabou por compensar. Mas os primeiros encontros entre eles são de facto escaldantes e esses sim agarram-nos com bastante força, que mesmo que este vá afrouxando não conseguimos deixar de seguir as suas animadas conversas.
A parte sexual também me surpreendeu, acabando por ser uma agradável surpresa, principalmente a cena dos auscultadores - muito original! A autora conseguiu descrever muito bem tudo sem chegar a ser sadomasoquismo, o que me agradou bastante. Achei apenas que estes momentos foram escassos.
A história poderia ser apenas sobre drama e romance, algum sexo, mas tendo personagens com passados algo pesado, a autora conseguiu não colocar demasiado drama em tudo, e conseguindo na mesma tornar a história importante e empática.
Adorei as coincidências, principalmente a final! Gostei da temática da musica, que mais uma vez não foi sobredesenvolvida, mas sim usada como um ingrediente novo e fresco. O trabalho de Rachel também lhe deu algum valor e interesse, não sendo apenas uma estudante-trabalhadora oca com as hormonas aos saltos - tornou-a até mais adulta do que a idade dela poderia transmitir. Em relação à temática do abuso acho que me levou a pensar em coisas diferentes, visto que apesar de aquilo ser abuso, esta palavra identifico-a mais com cariz sexual, sem me entendem. Não sei se foi na tradução, mas eu atribuir-lhe-ia outra denominação.
O mesmo para Caine, que aparenta ser mais velho do que é. Tem alguma insegurança que não o tornou tão másculo como esperava, mas que não deixou de ser sexy. Julgo que as descrições da sua cara, excepto as expressões, foram escassas em relação às do seu corpo.
Gostei de Ava e de Charlie. São personagens secundárias muito queridas que se mantiveram constantes sem ofuscar o protagonismo do casal principal. As suas contribuições foram importante para o humor da obra.
As partes religiosas apesar de muito presentes, também não dominaram a história o que para mim foi um ponto muito positivo. A igreja acabou por ser apenas mais um dos cenários.
Acabei, então, por ver um padrão neste livro e percebi que Vi Keeland conseguiu misturar inúmeros ingredientes sem tornar a história demasiado doce, salgada ou picante. Tem ousadia, tem humor, tem sensualidade (muito), amor, amizade, fidelidade, etc. - uma obra que me viciou e foi lida num dia em que devia estar a estudar. Consegui lê-lo no meio das pausas dos apontamentos e tenho que dizer que quando conseguia largar o livro e concentrar-me neles conseguia fazê-lo com um novo alento, inicial. Talvez pelo facto desta história também se passar numa faculdade?!
Por fim, acho que a capa apesar de fazer jus ao personagem principal masculino não faz à história, já que dá a ideia de ser um romance de praia erótico, o que não é bem assim (apesar de ter cenas bem descritivas), já que acho que O Prof é um livro com temáticas bem pesadas.

Há algo de irresistível num homem de fato e com uma mente atrevida… mais ainda se for o teu professor.
Quando Caine West me conheceu, não foi um dos meus melhores momentos — eu tinha bebido demais, confundi-o com outra pessoa e ele devorava-me com os olhos, o suficiente para me tirar do sério.
Só depois, ao encontrá-lo na universidade, descobri: o sensual Caine West, com o seu sorrisinho presunçoso, viria a ser o meu novo professor. Melhor ainda: eu trabalharia para ele como sua assistente. Eu, Rachel, que o tratara como um imbecil e atacara os seus enormes… atributos.
Bela maneira de te apresentares ao teu prof!
Tentei desculpar-me, e ele fez questão de me relembrar da hierarquia da sala de aula. Desde então, tento ser profissional, mas o magnetismo dele é inegável. Com rosto (e corpo!) de deus grego e uma voz grave e aveludada, não me admira que as alunas suspirem à sua passagem. Só não contava ficar também eu hipnotizada pelo charme do meu professor… E pela forma como a camisa lhe assenta nos braços bem definidos ou como as suas mãos parecem saber sempre o que fazer…
Bolas, Rachel, no que é que te estás a meter?
Não me faltam ideias sobre como poderíamos passar algum tempo sozinhos na sala de aulas!

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