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Opinião Contemporânea: "Deixa-me Odiar-te" de Anna Premoli

março 28, 2018 Inês Santos 0 Comments


Ora aqui está um Chick Lit, que agora já sei o que significa, que se lê em poucos dias.
A história não é original, principalmente no inicio, mas é daquele tipo que gostamos sempre e que nos providencia uma bela pausa entre livros mais pesados ou mais obscuros. Neste caso, li-o durante uma pausa de outro livro que é o oposto deste. Neste tive uma história fácil de seguir, uma escrita fácil de ler e dois personagens principais cativantes e empáticos.
Temos o inicio onde os conhecemos e ao seu local de trabalho. Conhecemos também personagens secundárias como as colegas de quarto de Jennifer e os seus colegas de trabalho.
Para quem já viu o filme Como Perder um Homem em 10 Dias (2003) vai encontrar inúmeras semelhantes no inicio, mas também ficamos por aí porque Jennifer não é loura nem auto confiante (apesar de o ser de forma reservada e não exageradamente tipo vítima), ambos trabalham no mesmo local e por isso aqui a competitividade é muita mas curta, já que a história conta-se no Presente que é ao fim dos 7 anos de co-trabalho, começando a história com o aparecimento do tal cliente que os vai fazer trabalhar juntos. O engraçado é como eles o vão fazer e como vão ter que envolver a vida pessoal - principalmente graças ao chefe de ambos.
Também gostei de imaginar o escritório e as casas de ambas as famílias. Mais ou menos a meio, quando as conhecemos, tudo fica mais interessante, porque até a família de cada um são personagens bastante engraçadas.
Não gostei muito de Jennifer ser tão inconstante, sendo Ian quase a mulher da relação. Anna Premoli conseguiu transmitir bem, primeiro através de pistas e comentários alheios e depois através das acções do personagem, os sentimentos de Ian em relação a Jennifer. No inicio também é engraçado o oposto não se perceber, mas quando percebi que quase até ao fim Jennifer estava em negação... hum, ponto negativo.
As cenas de cinderela moderna também não me animaram propriamente, principalmente porque da outra parte já há interesse. E a cena da lingerie! Mas quantos anos ela tem? Demasiado insegura nesta cena.
De qualquer forma, identifiquei-me bastante com a personagem principal feminina, não na parte amorosa, mas sim na luta por ser a melhor a nível profissional e nas suas opções alimentares. Na parte da caça teria feito exactamente o mesmo! Tal como na forma como ela fala - habitualmente chamar-lhe-iam mau-feitio! Incluindo as suas respostas para os pais e até para os pais de Ian.
Não fiquei muito encantada com o pequeno romance paralelo. Achei que foi um pouco forçado colocá-lo ali no meio do romance principal, esse sim interessante e viciante.
Apesar da nossa capa ser a melhor, não gosto de nenhuma das capas/versões deste livro. Acho que a história tem muito material para uma capa original e cativante. Aqui o que nos capta mais a atenção acaba por ser o título que gerou vários comentários aqui no meu trabalho, ainda por cima o último que me viram tinha sido o Traição e agora estou a ler O Ódio que Semeias. Quase que me dá vontade de encontrar os títulos mais estranhos e relacionados entre si.
Fiquei curiosa com as outras obras da autora croata. Pareceram todas do mesmo género que Deixa-me Odiar-te, o que ainda me parece melhor.


Jennifer e Ian conhecem-se há sete anos e nos últimos cinco só têm discutido. Chefes de duas equipas no mesmo banco, entre eles sempre houve um confronto aberto e declarado. Detestam-se e dificultam a vida uma ao outro. Até que um dia são obrigados a cooperar na gestão da conta de um cliente aristocrata e abastado.

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