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Opinião Contemporânea/Young-Adult: "99 Dias" de Katie Cotugno

fevereiro 03, 2018 Inês Santos 0 Comments



99 Dias foi um empréstimo que se encontrava meio colocado de lado, confesso. Mas graças a um post meu no Facebook sobre o pessoal pedir emprestado e depois demorar imenso tempo a devolvê-lo, a Mafi (a dona) relembrou-me que eu própria tinha vários dela e lê-los nada! Ahahah. Mea culpa. Portanto há males que vêm por bem e lá fui eu pegar neste livro e tratar do assunto... num dia. Dia 30 de Janeiro foi um dia em termos de leitura especial, que já não me acontecei há muito tempo.

O livro em assunto não é um livro profundo do género do anterior (O Poder das Pequenas Coisas de Jodi Picoult), mas é daqueles romances típicos YA que nos fazem o gosto aos olhos e nos fazem relaxar durante o tempo em que os lemos. Porque aqui há problemas, mas os problemas são dos outros, ainda por cima questões muito juvenis. Sinceramente, e até me sinto velha a dizer isto, mas eu já estou numa idade em que não me revejo nestes personagens mas sim nos pais deles. E estou constantemente a pensar que se os meus filhos forem assim o que poderei eu fazer para o evitar ou ajudar? Muito complicado.


Aqui calma foi o que não houve.

Katie Cotugno dividiu esta história em pequenos (a maior parte minúsculos) capítulos que perfazem os tais 99 dias. Aliás, aqui tudo é pequeno! Desde a sinopse, à espessura do livro (ok, esta é média, mas graças aos espaços em branco), ao espaço temporal, ao carácter das personagens. Todo este romance se assemelha às Mean Girls, em que a personagem principal acaba por merecer tudo o que lhe fazem. Desculpem, mas desta vez estou do lado negro. A única coisa que Molly tem razão é que não devia ser só ela a levar com as culpas, mas mesmo assim, depois de tanto sofrer ela não aprende!!!

Portanto, e resumindo bem resumido, este livro é sobre o que não se deve fazer numa relação! E 99 dias não vão ser suficientes, nem outros 99. Promiscuidade é errado! Tanto a feminina como a masculina.

Nem Gabe se escapa e ele é tão giro e fofo. O irmão por seu lado não me cativou minimamente, e cada vez menos à medida que a história avançava. Mas as hormonas adolescentes são o ingrediente em excesso neste cupcake que se consegue comer numa só dentada.

Adorei Julie! Foi uma irmã exemplar que nos trouxe outras surpresas, para além de nos presentar constantemente com a sua personalidade forte e decidida. Não gostei da mãe de Molly. Que raio de personagem? Não percebi bem o papel desta porque nem de mãe soube fazer, muito menos adoptiva.

Apesar da história sobre uma adolescência em que não me revejo e portanto com ligação nula aos personagens e acontecimentos, acabei por ler bem depressa já que a escrita desta autora é bastante fluída, talvez aos seus curtos capítulos que já falei anteriormente. Aqui tudo é drama, mas é um drama que nos agarra porque queremos sempre saber como tudo vai acabar e foi por esse entusiasmo é que acabei o livro de forma satisfeita, o suficiente para dar 4* (são mais uns 3,5*).


Molly Barlow cometeu um terrível erro, e o nome desse erro é Gabe.
Conseguirá Molly ser perdoada e recuperar tudo o que perdeu?
Serão 99 dias suficientes para corrigir todos os erros e recuperar a sua vida?

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