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Opinião Contemporânea: "Um Caso Perdido" de Colleen Hoover

abril 05, 2017 Inês Santos 0 Comments



Começando de fora para dentro, o primeiro ponto a clarificar é que não gosto da capa. Dá-me a ideia que a história que vou ler é um thriller porque parece que a rapariga está morta. Teria preferido algo relacionado com estrelas, ou até mesmo deitada, mas de barriga para cima. Aí sim tinha muito mais sentido, assim, no melhor dos casos, parece que está a espreitar por baixo da cama.
Um Caso Perdido foi a nossa primeira leitura conjunta por aqui, podem ver aqui no Lanche em Boa Companhia.  Foi uma "refeição" muito rápida, com momentos agridoces. Este não foi, nem de longe, o meu livro preferido de Colleen Hoover, apesar de ter sido o que mais surpresas continha e por isso é que lhe dei a mesma pontuação dos anteriores. Esta leitura teve alguns altos e baixos, em que começou muito bem, cheia de entusiasmo, com dois personagens e situações carregadas de atracção, apesar das circustâncias, depois foi melhorando à medida que eles se iam conhecendo, e nós íamos conhecendo tanto o par principal como as outras personagens e os seus segredos. Depois quando atingiu um pico, mais ou menos a meio, em que tudo nos é mostrado de uma perspectiva completamente diferente, depois parece que tudo esmorece para mim, porque aí acaba-se aquele romance cheio de faíscas e passa a haver um romance dramático, com muitas lágrimas, mais familiar. Nada disto sai do normal das obras desta escritora, mas talvez o facto de ser ler tão rápido um livro destes, a transição do muito animado para o muito deprimido seja mais abrupta e aí começam os testamentos cheios de sentimentos que têm diminuído a minha atenção na leitura. Entretanto, as descobertas não acabam por ali e por isso a minha atenção não se desviou completamente, mantendo-me sempre mais ou menos alerta até ao fim.
"Six jamais gostou de acordar cedo e, pelo jeito, também não fica muito alegre de tarde. para ser sincera, também não fica muito contente durante a noite. Se tivesse que adivinhar que horário é que Six fica mais agradável, eu diria que é quando está a dormi. Vai-se a ver e é por isso que ela odeia tanto acordar."
Falando em fim, adorei a última frase! Foi como se fosse um daqueles rewind acelerados. Óptimo pormenor.
Em relação aos restantes personagens, adorei Six, apesar de ela desaparecer e ser substituída. Mais uma vez a autora repete-se e recorre ao cliché: melhor amiga é substituída por melhor amigo gay. Porque não pode ser um melhor amigo hetero? Nada contra, mas é mesmo uma questão de ser diferente do normal. Foi também pela história de Dean?
Falando em Dean, e tal como já referi, Colleen apresenta-nos um personagem masculino daqueles de nos fazer babar, que com as suas expressões sérias, mas depois o seu coração mole nos conquistam à primeira. Ainda não me decidi se leio o livro seguinte com o POV dele. os feedbacks são todos muito bons, mas a última vez que li algo assim acabei por detestar e me arrepender seriamente.
Uma das minhas cenas preferidas? Aquele beijo do dedo no meio do corredor!!! Encham-me um livro de cenas assim e vão me ter a fazer jejum e de fralda só para não o largar!
"- Não o acho nada atraente. És repugnante. Na verdade, acho bom que nem me beijes, pois tenho a certeza que acabei de vomitar internamente."
De resto, é sim um livro muito bom e que recomendo a sua leitura, tal como recomendo os outros todos que li. Colleen Hoover continua aqui com o seu dom na descrição de emoções e sentimentos pesados que tanto fazem as personagens chorar como nós leitores e espectadores. A autora nãos e cinge a uma só temática e por isso é generosa em ingredientes que nos espremem o coração. Para além disso, continua a ter o seu esquema base próprio, mas ao mesmo tempo sabe tornar cada livro diferente e cheio de características próprias que nos vão fazer diferenciá-los mesmo daqui a uns anos.
Adorei encontrar (ou melhor a Mafi chamou-me atenção para isso) o nome de Abbi Glines nos agradecimentos! Óptimo topping nesta sobremesa!

Preferia saber a verdade, ainda que isso fizesse de si um caso perdido, ou continuar a viver uma mentira?
Quando Sky conhece Dean Holder no liceu, um rapaz com uma reputação tão duvidosa quanto a dela, sente-se aterrorizada, mas também cativada. Há algo naquela figura que lhe traz memórias do seu passado mais profundo e perturbador. Um passado que ela tentou por tudo enterrar dentro da sua mente.
Ainda que Sky esteja determinada a afastar-se de Holder, a perseguição cerrada que ele lhe dedica, bem como o seu sorriso enigmático, fazem-na baixar as defesas, e a intensidade da relação entre os dois cresce a cada dia. Mas o misterioso Holder também guarda os seus segredos, e, quando os revela a Sky, ela vê-se confrontada com uma verdade tão terrível que pode mudá-la para sempre. Será Sky quem ela pensa que é? E será que os dois conseguirão sarar as suas feridas emocionais e encontrar um modo de viver e amar sem limites?

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