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Opinião da Ne: "Trono de Vidro" (#1 Trono de Vidro) de Sarah J. Maas

janeiro 10, 2016 Inês Santos 0 Comments



- Alguns spoilers - 

Foi bom, mas não chegou ao muito bom. Isto dito como introdução, mas já passo a explicar.
Infelizmente toda a teoria de se matarem uns aos outros, que afinal acaba por não ser assim, relembra a história base dos Jogos da Fome de Suzanne Collins, o que estraga o efeito surpresa e a originalidade.
O que mais gostei, de longe, foi da personagem principal, o que já é caminho andado para se gostar de um livro. Apesar de pequena pareceu-me bastante forte, tanto fisicamente como de carácter. Tem um passado triste que a enrijesse ainda mais. Ainda por cima tem bom coração e tem o seu quê de feminino quando se mostra vaidosa. Achei-a uma personagem agridoce já que tem um lado masculino e um lado feminino, principalmente porque não faz aquele papel de forte, mas que quando chega a altura se deita no chão a chorar. Celaena recebe pancada com toda a honra e mantém-se ali forte do inicio ao fim da história. Adorei todos os vestidos. Óptimas descrições.
A questão de Elena pareceu-me um acrescento um pouco forçado, visto que acho que a história base, juntamente com o contributo de Nehemia, já enche o livro e o torna bastante condimentado. Por isso, o aparecer da magia, com os seus demónios e heroínas, acaba por não ser assim tão original.
Penso que aqui existe um grande QUASE. É quase original, quase que a magia podia cativar, quase que a luta e provas de campeões podia ser única, quase que os maus da fita podiam ser um máximo. Neste último o que achei foi que há demasiados vilões que podiam ser resumidos a um ou dois, assim todos aqueles peões, mais uma vez, só vêm saturar este docinho.
Gostei dos treinos, mas Sarah J. Maas prometeu batalhas e eliminações, por isso as provas além de rápidas foram demasiado pacificas. Ainda por cima no final despacha rápidos os únicos duelos! Porquê?!? Onde está aquela emoção da batalha? Aquele cheirinho só serviu para nos encher a boca de água e depois em vez de nos dar algo suculento, dá-nos um massacre injusto. Sim, o veneno aumentou a dificuldade, mas assim ficou demasiado difícil e ela só se safou com outra batota. Mas não vou desenvolver mais porque se não conto demais e já estou a avançar demasiado.
Falando nos homens. Bem, Sarah sabe escolhê-los bem e fazer-nos duvidar de qual escolheríamos. A escolha de Celaena não está nada clara, já que a autora nos dá tanta prova da sua inclinação tanto para um como para o outro. Por isso é que quando chegamos ao final e ela acaba com o que se envolveu mais (estão a reparar que estou a esconder nomes para não fazer spoiler?) fiquei um pouco desiludida com o seu desprendimento em relação àquele senhor. Fez-me ver um lado dela meio vadia que ficou com ele (e ainda bem que não foi para além de uns beijinhos) apenas porque o outro foi mais distante e misterioso. Claro que depois da prova final também percebemos que um é covarde e o outro não, mas isso não apaga os sentimentos de 80 para 0. Ou apaga?
O capitão também desiludiu um pouco no final quando ficou todo deprimido pela sua primeira morte. Como é que chegou a capitão, e tão defendido pelo rei mau, se nunca tinha matado ninguém? Teve que provar o que valia com aquele rei tão sanguinário, certo? Ou chegou lá com cunha ou com palavras, e pelo que li dele, a segunda opção não foi de certeza.
Gostei muito de Nehemia e a autora bem que me conseguiu baralhar em relação a ela, o que no final acabou por me aliviar mas também me desiludiu com um vilão tão óbvio. E ainda por cima teve uma morte tão rápida!
Tenho pena de não conhecer melhor Phillipa. Discreta, mas presente nos momentos certos. E é por esta personagem e porque quero ler como Celaena se vai desenrascar no seu novo trabalho e nas suas relações mulher-homem e mulher-mulher que estou ansiosa para ler o segundo volume.

Quem gosta mais desta capa levante o braço! Adoro-a, porque é mesmo assim que a imagino e foi esta a primeira que conheci. Não tirando o mérito ao artista (Alexandro Taini ou Talexi), esta Celaena é muito zombie eheh. Imagino-a mais humana e loira e bonita. Esta não é de todo amiga da beleza.


Numa terra em que a magia foi banida e em que o rei governa com mão de ferro, uma assassina é chamada ao castelo. Ela vai, não para matar o rei, mas para conquistara sua própria liberdade. Se derrotar os vinte e três oponentes em competição, será libertada da prisão para servir a Coroa com o estatuto de campeão do rei - o assassino do rei. O seu nome é Celaena Sardothien. O príncipe herdeiro vai provocá-la. O capitão da Guarda vai protegê-la. Mas um halo maléfico vagueia no castelo de vidro - e está lá para matar. Quando os seus concorrentes começam a morrer um a um, a luta de Celaena pela liberdade torna-se numa luta pela sobrevivência e numa jornada inesperada para expor um mal antes de que este destrua o seu mundo.

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