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Opinião Histórica: "As horas distantes" de Kate Morton

setembro 09, 2013 Mafi 0 Comments



Arrastado, floreado,  lento, pausado são apenas de alguns adjectivos negativos que classificam esta obra na minha opinião. Foi a minha estreia com a autora e não foi das melhores. Sei que muitos adoram a autora mas pela leitura deste livro, a minha vontade de ler os outros dois volumes que se encontram publicados cá é abaixo de zero.

Esperava um drama comparado à narrativa de Lucinda Riley, a única autora que consigo comparar dentro deste género: drama histórico e prefiro de longe Riley que conseguiu cativar-me de uma maneira que a autora australiana não conseguiu.

O livro tinha todos os ingredientes certos para uma leitura inesquecível: um cenário de cortar a respiração com um castelo cheio de segredos, três irmãs misteriosas, cheias de segredos e um amor camuflado de enigmas.  As personagens têm toda uma aura e uma carga que apelam ao leitor e do pouco que o livro me prendeu, deveu-se às três irmãs eremitas, para mim as verdadeiras protagonistas do livro.

As Horas DistantesSenti pouca empatia com a heroína deste romance, Edie e com toda a história familiar e da sua vida, achei-a um personagem muito apática cujas emoções não consegui sentir. Psicologicamente gostei muito mais, como já referi acima, das três irmãs que ao menos conseguiram algum sentimento da minha parte: medo. Medo de todo aquele ambiente bafiento e sufocante. Obviamente de entre as três, a minha mente captou logo um gosto pessoal por Juniper (que ao princípio lia sempre Júpiter) Adoro personagens levemente perturbadas e então por amores passados ainda melhor! É um dos poucos pontos positivos que consigo encontrar no livro, nesta análise literária.

A escrita é boa, não digo que não, o livro apresenta uma estrutura pensada, mas detestei como a autora fez a divisão entre o passado e o presente, a própria diagramação do livro está um pouco confusa. O que me aborreceu profundamente foi a descrição exaustiva, que não deixa qualquer margem para a imaginação do leitor, de todos os lugares, pessoas, acontecimentos que surgiram neste livro. Tirando estas passagens, acção não se arrastaria tanto e eu tenho a certeza que gostaria muito mais do livro. Por muito bem escritas estejam e por muito poéticas sejam, pouco ou nada acrescentaram aos assuntos centrais do livro e atrasaram imenso o ritmo de uma leitura que poderia ser mais fluída.

Não faço a maior ideia quando irei ler os outros dois livros desta autora, ou se até irei lê-los. Dizem que este livro não é o melhor dela por isso talvez dê uma nova oportunidade.

A capa é linda, adoro a fotografia mas acho que não tem muito a ver com o livro. A tradução estava bastante boa e acredito que esteja fiel ao livro original, sendo um livro tão descrito e tão denso, acredito que não tenha sido fácil de traduzir.

Percebo a qualidade do livro, as suas críticas e elogios mas a mim aborreceu-me de morte, especialmente da metade até ao fim. 


Tudo começa quando uma carta, perdida há mais de meio século, chega finalmente ao seu destino...

Evacuada de Londres, no início da II Guerra Mundial, a jovem Meredith Burchill é acolhida pela família Blythe no majestoso Castelo de Milderhurst. Aí, descobre o prazer dos livros e da fantasia, mas também os seus perigos.
Cinquenta anos depois, Edie procura decifrar os enigmas que envolvem a juventude da sua mãe e a sua relação com as excêntricas irmãs Blythe, que permaneceram no castelo desde então. Há muito isoladas do mundo, elas sofrem as consequências de terríveis acontecimentos que modificaram os seus destinos para sempre.
No interior do decadente castelo, Edie começa a deslindar o passado de Meredith. Mas há outros segredos escondidos nas paredes do edifício. A verdade do que realmente aconteceu nas horas distantes do Castelo de Milderhurst irá por fim ser revelada...

The Distant HoursTítulo Original: The Distant HoursEdição: Janeiro 2012
ISBN: 9789720043559


Outras obras da autora:

O Segredo da Casa de Riverton O Jardim dos Segredos

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