Opinião Sobrenatural: "O Quarto Mágico" de Sarah Addison Allen

Alerta SPOILERS

O Quarto Mágico é um romance um pouco estranho, mesmo como diz aquela frase "primeiro estranha-se, depois entranha-se".

Em relação aos outros livros que li da autora, O Jardim Encantado e O Feitiço da Lua (opinião brevemente), este foi o que eu gostei menos, talvez pelo facto de não ter simpatizado muito com a Della Lee nem com a ideia de ela estar dentro do armário.

Toda esta história se consegue resumir em poucas palavras: o espírito de uma "doida" morta que se esconde no armário da irmã tímida e servil, que não o sabe, e que a ajuda a revoltar-se a transformar no patinho ex-obeso em cisne e conquistar o carteiro coxo.

Ok, estou a ser um pouco resumida demais e não vou negar que esta última parte até está explorada de maneira muito fofa.

O mesmo não posso dizer com a história de Chloe.

Acho que aquela situação de ela ser traída e depois o perdoar, mesmo depois de ele ter sofrido muito e se ter não-arrependido/arrependido, não me satisfez. A embriaguez não desculpa o que ele fez!

Outra questão que ao ínicio achei certa piada, mas depois nem por isso, foi a dos livros a aparecerem por todo o lado a Chloe. Quando li esta parte na sinopse, imaginei que fossem outros géneros de livros e não de auto-ajuda. Além disso eles aconselhavam o oposto do que eu faria - talvez seja essa a razão da minha inimizade em relação a eles.

A história da mãe com o taxista também me pareceu muito comum, mas de qualquer forma e desde o inicio que detestei a mãe de Josey! Também não achei grande piada à empregada, mas a cena da troca de nomes até foi muito engraçada.

No geral, e como vocês já perceberam, não achei este livro grande coisa. Enquanto que nos outros o contributo daquela magia subtil os tornou livros encantadores, neste caso, todo o misticismo, magia e outras coisas menos convencionais acabaram por tornar a obra estranha.

A única coisa que salva este livro de o classificar com 2* é mesmo o facto da escrita de Sarah Addison Allen ser muito própria, com personagens estranhas e encantadoras, com histórias de vida para contar e contribuir para o Presente.

Doce do Momento