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Opinião Histórica: "A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata" de Mary Ann Shaffer&Annie Barrows

maio 09, 2013 Mafi 2 Comments



Depois de ter lido algumas opiniões bastante favoráveis quanto à obra da dupla Shaffer e Barrows, as expectativas perante esta leitura eram bastante elevadas. Situado em 1946, A sociedade literária da tarte de casca de batata desenrola-se em forma de cartas. Cartas essas que começam entre Juliet, uma escritora eue entra em correspondência com  vários habitantes de Guernsey que formam esta tertúlia literária. Durante a ocupação alemã, os diversos residentes desta ilha, uns amantes de literatura outros nem tanto, iniciaram uma série de encontros secretos onde por momentos poderiam esquecer a guerra, a fome e a morte e levar uma vida normal.  

A Sociedade Literária da Tarte de Casca de BatataAté a meio do livro, confesso que estava a gostar da leitura mas não me sentia deslumbrada. Certo que adorei algumas cartas, mas outras passaram-me completamente ao lado e não vi grande importância no desenvolvimento da narrativa. Mesmo sendo uma sociedade, achei um pouco exagerado a apresentação de tantas personagens, especialmente porque tirando uma ou outra que se destacaram, achei-as todas um pouco semelhantes. Talvez por isso a minha personagem preferida tenha sido a má da fita, a Adelaide. Senti que verdadeiramente se destacou completamente! Fartei-me de rir com as cartas dela à Juliet a pedir para esta não escrever sobre a Sociedade Literária porque eles não mereciam! Foi muito bom!

Como disse, o mesmo não posso dizer das restantes personagens, por vezes não conseguia identificar quem era quem, não consegui sentir as personalidades de cada um!

Eu já li alguns livros sobre esta época e os relatos da ocupação nazi serão sempre inspiradores e aqui não posso apontar falhas a este aspecto, as autoras souberam bem comover o leitor. 

Quanto a uma das personagens principais (para mim a verdadeira personagem é a própria ilha de Guernsey) Juliet, gostei bastante dela e percebi a ligação, primeiramente emocional e depois física aquele local e aquelas pessoas particulares. Não posso deixar de falar sobre Mark, o par amoroso de Juliet. Achei tanto ele como o próprio romance entre os dois bastante mal desenvolvido e sem química nenhuma, foi uma pena. 

Achei a narrativa um pouco difícil devido a ser um romance epistolar. Torna-se um pouco aborrecido ler cartas atrás de cartas sem diálogos mesmo assim foi um livro que gostei e recomendo! 

Londres, 1946.

Depois do sucesso estrondoso do seu primeiro livro, a jovem escritora Juliet Ashton procura duas coisas: um assunto para o seu novo livro, e, embora não o admita abertamente, um homem com quem partilhar a vida e o amor pelos livros.

É com surpresa que um dia Juliet recebe uma carta de um senhor chamado Dawsey Adams, residente na ilha britânica de Guernsey, a comunicar que tem um livro que outrora pertenceu a Juliet.

Curiosa por natureza, Juliet Ashton começa a corresponder-se com vários habitantes da ilha.

É assim que descobre que Guernsey foi ocupada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, e que as pessoas com quem agora se corresponde formavam um clube secreto a que davam o nome de Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata.

Fascinada pela história da dita Sociedade Literária, e ainda mais pelos seus novos amigos, Juliet parte para Guernsey. O que encontra na ilha mudará a sua vida para sempre…


The Guernsey Literary and Potato Peel Pie SocietyTítulo Original: The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society
Edição: Março 2010
ISBN: 9789896720155















2 comentários:

  1. Nem todos os livros têm como objectivo o romance. Este é um livro que tem "elementos" de romance, mas o seu objectivo principal não é contar uma história de amor. Acho que quem pega nele à espera de uma história romântica é natural que se sinta decepcionada.

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  2. Eu sei que não era o objectivo do livro, e segundo pecebi só foi acrescentado pela Annie já depois da Mary falecer. Para mim foi uma má decisao e o romance nem devia ter entrado no livro porque não acrescentou nada à narrativa, foi por isso que não gostei.

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