Opinião da Ne
,
Planeta/Booket
,
Romance Histórico
,
Sandra Worth
A história de Isabel, filha mais velha de Eduardo IV, já me tinha sido apresentada, ou pelo menos iniciada, em A Rainha Branca. Este facto tornou-se tanto positivo como negativo.
Opinião Histórica: "A Favorita do Rei" de Sandra Worth
A história de Isabel, filha mais velha de Eduardo IV, já me tinha sido apresentada, ou pelo menos iniciada, em A Rainha Branca. Este facto tornou-se tanto positivo como negativo.
Positivo no sentido em que o conhecimento e ligação com os cenários e
personagens não foram tão estranhos e sim "velhos conhecidos". Negativo
pois muitos pontos diferem, consoante o gosto ou pesquisa das
escritoras, e como li primeiro o livro de Gregory o seu ponto de vista,
ou a sua versão, predominou. De qualquer forma, esta "estranhesa" não se
entranhou e foi sim desvanecendo-se já que apenas conhecia a infância e
adolescência de Isabel. Como ainda estou a meio do A Rainha Vermelha
e ainda não avancei na história para conhecer mais da influência e dos
pensamentos de Margarida Beauford, esta foi-me apresentada mais
intimamente pois esta personagem controla bem os passos da protagonista.
Ao contrário de Margarida, Bel (ou Isabel, mulher de Eduardo IV, mãe de
Isabel) foi descrita de forma bastante dispar e surpreendente. Aqui ela é
vista como bruxa e uma mulher gananciosa e egoísta, sem um pingo de
romance ou amor pelo marido e até pela filha. Confesso que esta parte me
incomodou um pouco, visto que a lembrava dos livros de Philippa Gregory
como uma mulher com uma forte ligação com a natureza e a magia.
Em relação à escrita de Sandra Worth... para ser sincero acho que podia
ser melhor. Achei que a história se desenrolou de uma forma muito
cronológica, ou seja, a autora parece preocupar-se mais em dizer os anos
e as estações do ano do que em relatar com mais pormenor e envolvimento
as cenas. Exemplo (não é uma citação): "1479 passou e nasceu o segundo
filho" ou "era Outubro e estava triste, rezei e olhei para as
fogueiras". Ou seja, não há grande profundidade ou descrição dos
acontecimentos e sim um relato quase por pontos.
De qualquer forma, tem algo de fluido e algumas cenas são melhores e
compensam. A relação de Isabel com o seu filho Artur está bastante bem
caracterizada, tal como a ligação da rainha tanto com as irmãs como com
os pedintes e peticionários.
Penso que o saldo é positivo e satisfatório. O melhor será lê-lo antes
de experimentarem obras como as da Philippa Gregory ou da Isabel
Stilwell, já para não falar das de Barbara Kyle.
Título Original - The King's Daughter
Edição - Abril 2011
ISBN - 9789896571658
Ferozmente dedicada ao pai adorado e ao rei, Isabel de York, de
dezassete anos, acredita que ele quis deixar a Inglaterra nas mãos de
um dirigente justo e meritório. Como o jovem sucessor não está pronto
para reinar, o poder passa para o tio de Isabel, Ricardo de Gloucester –
um homem no qual a mãe nunca confiou. Pouco depois, Isabel receia que a
sua própria confiança não se justifique. Após a subida de Ricardo ao
trono, a família dela sofre desaires sucessivos e devastadores: o pai,
já falecido, é exposto como um bígamo; ela e os irmãos são
estigmatizados como bastardos; e os irmãos são presos pelo novo rei e,
segundo consta, assassinados. Como pôde o pai acreditar num homem capaz
de tamanha perfídia?
Mas numa noite fatídica, Isabel é levada a questionar todos os seus
preconceitos. Através dos olhos da rainha consorte de Ricardo, que está
doente, ela vê um homem digno de respeito e de uma adoração eterna. A
dedicação dele ao povo inspira um amor proibido e acaba por dar a Isabel
coragem para aceitar o seu destino, casar com Henrique Tudor e ser
rainha. Título Original - The King's Daughter
Edição - Abril 2011
ISBN - 9789896571658
0 Comentários:
Dar feedback a um post sabe melhor que morangos com natas e topping de chocolate!